Este é um dos "blogs" da Casa Comum das Tertúlias. Estão todos convidados a enviar textos ou notícias de actividades para o "blog". O nosso "blog" não pretende ser usado para difamar ninguém, nem para fomentar o boato. Para isso, há muitos outros que podem servir esses intentos. Em tempos de Censura, aqui estamos para exterminá-la e dar combate aos novos inquisidores.

quarta-feira, março 14, 2007

A interculturalidade nos museus ou tertuliando se “adocicam as diferenças”

(Foto com vista parcial da tertúlia: as nossas convidadas, Isabel Victor em pé, à esq. Lúcia Alegrias e em frente ao projector Maria Miguel)

A Casa Comum das Tertúlias organizou a Tertúlia “A interculturalidade nos museus”, tendo como convidadas: a Dra. Isabel Victor (Socióloga, Directora do Museu do Trabalho Michel Giacometti de Setúbal, Docente do Curso de Mestrado em Museologia da Universidade Lusófona, Doutoranda em Museologia, investigadora da FCT – Fundação da Ciência e Tecnologia, membro do Centro de Estudos de Sócio-museologia da U. Lusófona), a Dra. Lúcia Alegrias (Antropóloga, Mestranda em Museologia, estagiária no MTMGS) e a Dra. Maria Miguel Cardoso (Antropóloga, trabalha no MTMGS), a estas novas tertulianas juntaram-se mais 11 participantes, “nossos” tertulianos: entre eles, a Dra. Aida Rechena (Directora do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior), o Eng.º Lopes Dias (Curador do Pólo Cargaleiro de Castelo Branco), a Dra. Maria Celeste Capelo (membro da Direcção da Sociedade de Amigos do Museus de Francisco Tavares Proença Júnior) e a Dra. Celeste Ribeiro (responsável pelo Serviço Educativo do MFTPJ). A iniciativa decorreu no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, a 10 de Março de 2007, das 16h 15m às 18h 15m, com entrada livre e gratuita, como é hábito!

Falar das “tardes interculturais” do Museu do Trabalho, que habitualmente decorrem no último sábado de cada mês, era o objectivo da última tertúlia, de que ficam as expressões: “adocicar as diferenças” (Isabel Victor), “militância cultural e cívica”, “espírito tertuliano”, “trabalho em rede”…

Fez-se uma apresentação em PowerPoint, durante e após a qual se partilharam ideias em espírito de tertúlia sobre o tema.

Fotografias:

As fotografias que divulgaremos via correio electrónico e nos nossos “blogs” foram-nos cedidas pelas nossas convidadas do Museu do Trabalho.

Agradecimentos:

Especial agradecimento às nossas convidadas por terem aceite o nosso convite.

Um forte agradecimento à Directora do MFTPJ por ter sempre as portas abertas às nossas propostas culturais.

Renovado agradecimento, à SAMFTPJ pela ajuda que nos deram à divulgação junto dos seus associados desta nossa iniciativa.
A Dra. Isabel Victor fará chegar um texto com as conclusões sobre a iniciativa, o qual oportunamente será divulgado.


Próxima iniciativa:

Visita cultural a Lisboa e a Setúbal, com partida de Castelo Branco. A 17 de Março de 2007.

Programa:

Saída de Castelo Branco.

10h 30m – Visita à Exposição "Cartier 1899-1949. O percurso de um estilo" Museu Calouste Gulbenkian, da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

13h – Almoço no Restaurante “Solnave”, no Jumbo de Setúbal (6,80€).

A partir das 15h, visita aos seguintes espaços em Setúbal:

Igreja do Convento de Jesus de Setúbal

Galeria de Pintura Quinhentista

Casa de Bocage

Casa do Corpo Santo/Museu do Barroco

Museu do Trabalho de Setúbal

Terminamos com uma visita ao Castelo/Forte de S. Filipe

E regresso a Castelo Branco.

Estão inscritos 30 participantes.

A organização é da SAMFTPJ e da CCT, no que respeita à visita a Setúbal contámos com o total apoio do Museu do Trabalho Michel Giacometti de Setúbal.


A Casa Comum das Tertúlias, fundada a 5 de Outubro de 2001, em Castelo Branco, pugna pela dinamização cultural, por uma Cultura de qualidade, por uma Democracia não meramente formal, por uma Cidadania activa e pelo desenvolvimento do nosso Interior.

Fazem parte do nosso roteiro tertuliano: Castelo Branco, Cidade Rodrigo, Mangualde, Marvão, Nisa, Penamacor, Portalegre, Porto, Proença-a-Nova, Sátão, Vila Nova de Paiva, Vila Velha de Ródão, Salamanca, Seia…


Próximo destino do roteiro tertuliano: Setúbal.


Saudações culturais,

Luís Norberto Lourenço

(Organizador e fundador da Casa Comum das Tertúlias)

Organização:

Casa Comum das Tertúlias / Luís Norberto Lourenço





Ainda…


Sobre a Exposição "Cartier 1899-1949. O percurso de um estilo"


Blog da Dra. Isabel Victor (e sobre o Museu do Trabalho):



Museu do Trabalho Michel Giacometti de Setúbal:

E-mail: museutrabalho@iol.pt
Sociedade de Amigos do Museus de Francisco Tavares Proença Júnior (SAMFTPJ):E-mail: samtap.jr@clix.pt

quinta-feira, março 01, 2007

A interculturalidade nos museus: tema da próxima tertúlia*

Tertúlia

A INTERCULTURALIDADE NOS MUSEUS
com:
Dra. Isabel Victor
(Directora do Museu do Trabalho de Setúbal)
no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior
em Castelo Branco
10 de Março de 2007
16h
Org.
Casa Comum das Tertúlias

Apoio à divulgação:
SAMFTPJ
Mais informações em bereve...

*Por: Luís Norberto Lourenço


A capa do livro anteriormente referido.

A pedido do tertuliano AJP, as citações do livro "Os carrascos voluntários de Hitler":

A grande quantidade de instituições e grupos que aderiram e até pregaram o anti-semitismo na Alemanha do século XIX abrangia praticamente todos os sectores da sociedade.
pp. 96

Na verdade, já no final do século XVIII, Dohm reconhecia que a maneira como os anti-semitas caracterizavam os judeus sugeria que «devemos varrer os judeus da face da Terra».
pp. 114

Nos arredores de Ludwigshaven, uma curva perigosa na estrada exibe o seguinte aviso aos condutores: «Guie com cuidado, curva acentuada – judeus, 120 quilómetros por hora!»
pp. 145

«Este povo tem de desaparecer da face da terra.»
Heinrich Himmler,
«Discurso aos dirigentes do Partido Nazi», Posen, 6 de Outubro de 1943

pp. 205

[Hitler] afirmou: «Hoje, serei uma vez mais um profeta: se os financeiros judeus internacionais dentro e fora da Europa conseguirem fazer os países mergulhar de novo numa guerra, o resultado não será a bolchevização do planeta e, portanto, a vitória dos judeus, mas sim a aniquilação da raça judia na Europa!»
pp. 222 e 223

Incitados e apoiados pelos alemães, os lituanos, numa orgia frenética de cacetadas, vergastadas e tiros, chacinaram 3800 judeus nas ruas da cidade [Kovno].
pp. 300

«Ainda hoje recordo que estávamos mesmo em frente do bunker, quando um rapazinho de cinco anos saiu de lá a rastejar. Foi imediatamente agarrado por um polícia e posto de lado. Depois, o polícia encostou-lhe a pistola ao pescoço e deu-lhe um tiro. Era um polícia no activo [Beamter] que, enquanto esteve connosco, desempenhou funções de enfermeiro. Era o único enfermeiro do pelotão.»
pp. 366, depoimento citado no livro.

Quando estavam finalmente prontos, os alemães obrigavam os judeus a marchar até aos vagões de caminhos de ferro que os esperavam e onde eram enfiados aos pontapés, socos e chicotadas, ou até ao local escolhido para a execução, onde abatiam um grupo de judeus após outro.
pp. 363

Os alemães pertencentes a nove batalhões de polícia, num total de 4500 homens ou mais, sabia efectivamente que não tinham de participar nas matanças genocidas e, no entanto, com quase unanimidade, escolheram matar e continuar a matar. (…)
Ao escolherem não se eximirem ao genocídio dos judeus, os alemães dos batalhões de polícia afirmaram eles próprios que queriam ser carrascos genocidas. (…)
A categoria de ser humano não se lhes aplicava… (…)
O judeu não era reconhecido por nós como sendo um ser humano.

pp. 432

A ração oficial diária de alimentos para os judeus do ghetto de Varsóvia era de 300 calorias. Para os polacos era de 634 calorias e, para os alemães, de 2130.

pp. 447