Este é um dos "blogs" da Casa Comum das Tertúlias. Estão todos convidados a enviar textos ou notícias de actividades para o "blog". O nosso "blog" não pretende ser usado para difamar ninguém, nem para fomentar o boato. Para isso, há muitos outros que podem servir esses intentos. Em tempos de Censura, aqui estamos para exterminá-la e dar combate aos novos inquisidores.

quinta-feira, junho 22, 2006

Apresentação dos livros de poesia “Quase poemas” e “Kupapata dos Sentidos” de Isabel Agos

Casa Comum das TertúliasTertúlia
Apresentação dos livros de poesia
“Quase poemas” e “Kupapata dos Sentidos”
de Isabel Agos
da Papiro Editora (Junho/2006)
por Lopes Marcelo (escritor e poeta)
Cybercentro de Castelo Branco
(ao lado da Delegação de Castelo Branco da RTP)
8 de Julho de 2006
17h
kupapata dos sentidos

Vou na rota dos meus autores e na fé na Nossa Senhora
da Muchima, esperando essa longa e esguia ilha de
Luanda que há-de visitar-me e percorrer-me um dia.
Esse dia vai ser de quente e noite.

Os meus olhos pousam quando descansam nas verdes
folhas dos Pepetelas e nas hastes dos calús e eu sigo neste
prato farto de abacaxis e muambas para servir, apenas
ouvindo perto.

Oiço estórias que se confiam, nas mesas postas, de sobas e
kimbandas e então a minha carne come outras kubatas e
palpa outras cadências de sangue, e tudo é exacto e certo.

Silêncio. Vem aí a ária grave e morna da kitandeira,
sempre contígua a esse peixe seco
e à verga onde este
descansa.

É um inteiro maciço
de colorido pregão,
de bramido à capela,
que caminha firme
de pés descalços
sobre o fonema
que vai lindo,
rindo nela e
indo até
ao cabo
da
língua
da
terra.
Por: Isabel Agos
Sobre "Quase Poemas", diz Isabel Agos:
«Toda a minha vida passei-a a escrever coisas que eram sempre quase qualquer coisa. Agora mesmo, enquanto escrevo este texto, ocorre-me que com a publicação deste livro se dá uma quase alquimia, porque em vez de acotovelados num quase caos, os textos estão tão quase poemas, tão arrumados e tão alinhados, tão penteados de risco ao meio num aprumo que desconheço, que quase já nem me parecem os textos em que quase me revia. Segue-se um novo curso quase só deles e estão em rota de colisão com outros acasos de vida, já quase totalmente desligados de mim. Ainda bem.»
Isabel Agos, é o pseudónimo desta poetisa com raízes na Beira Baixa, nasceu em Lisboa, em 21 de Setembro de 1970.
Estes livros vão ter lançamento nacional na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, a 28 de Junho de 2006.
Manuel Martins Lopes Marcelo. Nome de guerra: Lopes Marcelo. Para a poesia: Martins Marcelo.
Natural de Aranhas (Penamacor), onde nasceu em 1949.
Economista de formação. Leccionou no Ensino Secundário e foi Professor Adjunto Convidado do IPCB.
Director Regional do IFADAP na Beira Interior.
Político: militante do PS, foi vereador da C. M. C. Branco e deputado da A. M.Castelo Branco, actualmente é o Presidente da A. M. Penamacor.
Colabora com a Casa Comum das Tertúlias desde o início.
Escritor e poeta. Escreveu: Estudo Económico e Social do Distrito de CasteloBranco (1976); O Distrito de Castelo Branco na perspectiva do desenvolvimentoregional e reforço do Poder Local (1981); O Distrito de Castelo Branco –Análise das Finanças Locais (1989); Beira Interior – Uma região viável (1983); Beira Baixa – A memória e o olhar (1993); Moinhos da Baságueda: Comunidadesrurais. Saberes e afectos (1999); coord. Aranhas: Ontem e Hoje (1986); coord.1º Centenário do Clube de Castelo Branco: Castelo Branco: Dois Séculos deHistória (2004); coord. Cadernos Temáticos “A nossa terra e a nossa gente”, I: O Ciclo da Pecuária (2002); coord. Beira Baixa, que futuro? – Reflexãoestratégica com enfoque territorial empresarial (2004); Viagem de um pescador,uma gaivota mãe e duas gaivotas filhas (1982), Unidos como uma árvore (1983),Criminoso ou vítima (1983), O Último Príncipe (1983), participou na colectâneaVozes Novas na Praça Velha (1985), Marés de Emoção (1989), Manifesto contra amorte dos poetas (1991) e participou na colectânea Escritas de Penamacor: Antologia de textos literários (2004).
Fundou a Galeria Rural Arte, um grupo de teatro amador e está ligado àfundação do Grupo de Teatro “Váatão”, de Castelo Branco.
Membro dos órgãos sociais de: Clube de Castelo Branco, Sport Benfica e CasteloBranco, Gr. de Teatro Váatão (C. Branco), Liga dos Amigos das Aranhas, Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior (C. Branco), Núcleo de Castelo Branco da Associação 25 de Abril e muitas mais. Sócio deinúmeras colectividades.
Entre outras publicações, é colunista habitual do jornal semanário “Gazeta doInteiror” de Castelo Branco, desde a sua fundação.
A Casa Comum das Tertúlias, fundada a 5 de Outubro de 2001, em Castelo Branco,é um espaço democrático, plural, de Cidadania, de reflexão e intervenção:cultural, social e política, pugna pela dinamização cultural, por uma Culturade qualidade, por uma Democracia não meramente formal, por uma Cidadania activa e pelo desenvolvimento do nosso Interior. A semear Cultura em: CasteloBranco, Cidade Rodrigo, Mangualde, Marvão, Nisa, Penamacor, Portalegre, Porto,Proença-a-Nova, Sátão, Vila Nova de Paiva, Vila Velha de Ródão, Seia…
Saudações tertulianas,
Luís Norberto Lourenço
(fundador e organizador da CCT)
Organização:
Casa Comum das Tertúlias / Luís Norberto Lourenço

terça-feira, junho 13, 2006

Aconteceu tertúlia no MFTPJ de Castelo Branco


Fotografia parcial tirada na última iniciativa da Casa Comum das Tertúlias.
O local é a Biblioteca de D. Fernando de Almeida, no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco.
Aí decorreu a apresentação da TERTULIANDO - Fanzine da CCT, mais concretamente do n.º 4, com balanço deste nosso projecto editorial, numa apresentação de Maria João Capelo, tertuliana habitual, licenciada em História.
Estiveram em cima da mesa, numa discussão (partilha de opiniões?) enriquecedora, os temas abordados na fanzine e outros temas da actualidade.
Mais detalhes e conclusões sobre este encontro tertuliano num "blog" perto de si...
Luís Norberto Lourenço