Pelo 5 de Outubro e pelo 1.º de Dezembro: manutenção dos feriados nacionais civis

O Governo de Portugal, liderado por Pedro Passos Coelho e suportado por uma maioria PSD/PP, quer acabar (à boleia da crise) com quatro feriados nacionais (dois civis e dois religiosos).

Quantos aos religiosos não nos pronunciamos, em relação aos civis não concordamos.

O 5 de Outubro de 1910, data da Implantação da República, pode deixar de ser comemorado!? O que é isto, há infiltrados monárquicos neste Governo? Querem mudar de regime político? O regime deixa de se comemorar?

O 1.º De Dezembro de 1640, assinalando o fim do domínio filipino, o fim dos 60 anos de monarquia ibérica, celebrando a Restauração da Independência, mesmo que Portugal e Espanha sejam estados parceiros numa mesma união de estados, a União Europeia, esta data não pode deixar de ser comemorada, também com feriado nacional.

Pouco me interessa a Concordata e se para acabar com dois feriados religiosos se tem (ou não) de "dar em troca" dois civis, à luz da Constituição da República Portuguesa (CRP), o Estado Português não é confessional e apesar de se manter em vigor a Concordata... à qual já se deveria ter posto fim.

E não é qualquer "troika" que nos vem dizer quantos ou quais os feriados que devemos cortar!

Ou a soberania nacional já foi a leilão e não nos avisaram?

Acabem com os feriados religiosos que quiserem.

Deixem os civis em paz.

Obrigado.

Feriados e "pontes"

Sobre o debate que regressa a propósito dos feriados e as chamadas "pontes"...

Comemorar o 25 de Abril de 1974 a 24 ou a 26 Abril e o 1.º de Maio, a 2 ou a 3 de Maio não faz sentido nenhum!

Se uma data festiva acontece à terça-feira ou à quinta-feira querem que se "encoste" ao fim-de-semana para evitar as chamadas "pontes", para se poupar dinheiro e se acontece ao fim-de-semana festeja-se numa segunda ou numa sexta para que o trabalhador não perca o dia de Feriado!!!!!

Se a ideia poupar dinheiro não se percebe a vantagem!

Para quê mexer no que está bem?

Que tal controlar as despesas com os telefones e telemóveis nos serviços públicos, com o registo de todas as chamadas de serviço e sem margem de manobra para chamadas privadas, salvo situações de emergência?

A questão das "pontes" é culpa da Administração Central, Regional e Local, não dos trabalhadores. Quem decide se há tolerância em relação às "pontes", quem decide sobre estas pontes é o Estado, não é o cidadão.

Acabem com as "pontes" e deixem os feriados em paz!