Diário XXI destaca notícia sobre ponte romana de segura
Vejam a edição de hoje, a notícia é capa de jornal, transcrevo aqui toda a notícia:
http://www.diarioxxi.com
"Uso de cimento nos pilares desagrada a José Afonso
Instituto do Património diz que intervenção na Ponte de Segura é “gravosa”
Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2007
Apesar da opinião desfavorável, o responsável distrital do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico nada pode fazer, uma vez que a ponte romana não está sob a alçada do organismo. O autarca local apoia a intervenção
Francisco Cardona
O presidente da Junta de Freguesia de Segura, no concelho de Idanha-a-Nova, defende a intervenção feita pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP) na ponte romana, que liga Portugal e Espanha, com a colocação de cimento nos pilares para reforçar a estrutura que apresentava fissuras. “Está muito bem assim”, disse José Pinheiro ao Diário XXI, defendendo a intervenção do IEP realizada em Agosto deste ano.
“A Junta está de acordo com o que está feito”, reforçou o autarca, explicando que o cimento é visível um metro acima do nível da água, mas irá ficar submerso. “A cem metros da ponte vai ser construído um açude e o cimento deixará de se ver”, afirmou José Pinheiro, apontando o dedo “aos curiosos” que denunciaram a existência de cimento na Ponte Internacional de Segura. “Os curiosos que não fazem nada querem prejudicar o que os outros fazem”, criticou o autarca, adiantando que a empreitada foi realizada pela empresa H-Tecnic, na sequência do concurso público de reabilitação e reforço estrutural da Ponte Internacional de Segura sobre o rio Erges. O caso foi denunciado através de correio electrónico enviado à redacções de vários órgãos de comunicação social, classificando o acto como “um atentado” ao património cultural ibérico.
“MONUMENTO NÃO ESTÁ CLASSIFICADO”
Contactado pelo Diário XXI, o director regional do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), José Afonso, considerou “gravosa” a intervenção, mas lembrou que a instituição que dirige não tem competência para impedir os trabalhos. “A Ponte Internacional de Segura está sob a alçada do Instituto de Estradas de Portugal e da congénere espanhola”, disse o responsável, que acrescenta: “A ponte não está classificada, não obstante de ser uma construção romana”. “O processo de classificação é muito, muito complicado por envolver dois países”, explicou.
José Afonso promete levar o caso às instâncias superiores do IGESPAR. “Vou levar o caso à direcção do IGESPAR, mas tenho a consciência de que pouco poderemos fazer, visto que o monumento não está classificado”, concluiu.
Tabuleiro reconstruído em 1817
A versão actual da Ponte de Segura data do século XIX. Em 1817, o tabuleiro da ponte foi arrastado pelas águas, tendo-se procedido, no mesmo ano, à construção de um novo tabuleiro que assenta em alicerces romanos agora cimentados. A ponte tem cinco arcos em perfeito estado de conservação, 15 metros de altura, 92 metros de comprimento e 5,80 metros de largura."
Qual a sua opinião sobre a notícia?
Não percam a edição de "Tertuliando - Fanzine da Casa Comum das Tertúlias". Esta semana a circular.
Boa semana.
Luís Norberto Lourenço
P.S.
Tiveram de ser os blogs a despoletar a questão...
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"Uso de cimento nos pilares desagrada a José Afonso
Instituto do Património diz que intervenção na Ponte de Segura é “gravosa”
Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2007
Apesar da opinião desfavorável, o responsável distrital do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico nada pode fazer, uma vez que a ponte romana não está sob a alçada do organismo. O autarca local apoia a intervenção
Francisco Cardona
O presidente da Junta de Freguesia de Segura, no concelho de Idanha-a-Nova, defende a intervenção feita pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP) na ponte romana, que liga Portugal e Espanha, com a colocação de cimento nos pilares para reforçar a estrutura que apresentava fissuras. “Está muito bem assim”, disse José Pinheiro ao Diário XXI, defendendo a intervenção do IEP realizada em Agosto deste ano.
“A Junta está de acordo com o que está feito”, reforçou o autarca, explicando que o cimento é visível um metro acima do nível da água, mas irá ficar submerso. “A cem metros da ponte vai ser construído um açude e o cimento deixará de se ver”, afirmou José Pinheiro, apontando o dedo “aos curiosos” que denunciaram a existência de cimento na Ponte Internacional de Segura. “Os curiosos que não fazem nada querem prejudicar o que os outros fazem”, criticou o autarca, adiantando que a empreitada foi realizada pela empresa H-Tecnic, na sequência do concurso público de reabilitação e reforço estrutural da Ponte Internacional de Segura sobre o rio Erges. O caso foi denunciado através de correio electrónico enviado à redacções de vários órgãos de comunicação social, classificando o acto como “um atentado” ao património cultural ibérico.
“MONUMENTO NÃO ESTÁ CLASSIFICADO”
Contactado pelo Diário XXI, o director regional do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), José Afonso, considerou “gravosa” a intervenção, mas lembrou que a instituição que dirige não tem competência para impedir os trabalhos. “A Ponte Internacional de Segura está sob a alçada do Instituto de Estradas de Portugal e da congénere espanhola”, disse o responsável, que acrescenta: “A ponte não está classificada, não obstante de ser uma construção romana”. “O processo de classificação é muito, muito complicado por envolver dois países”, explicou.
José Afonso promete levar o caso às instâncias superiores do IGESPAR. “Vou levar o caso à direcção do IGESPAR, mas tenho a consciência de que pouco poderemos fazer, visto que o monumento não está classificado”, concluiu.
Tabuleiro reconstruído em 1817
A versão actual da Ponte de Segura data do século XIX. Em 1817, o tabuleiro da ponte foi arrastado pelas águas, tendo-se procedido, no mesmo ano, à construção de um novo tabuleiro que assenta em alicerces romanos agora cimentados. A ponte tem cinco arcos em perfeito estado de conservação, 15 metros de altura, 92 metros de comprimento e 5,80 metros de largura."
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Luís Norberto Lourenço
P.S.
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Etiquetas: atentado, Diário XXI, património, Ponte romana de Segura, puente romana de Segura
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